quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Quero que me vejas inteiramente. Enxergue a minha alma chagásica e o meu corpo tão maculado quanto. 
É na escrita que me liberto. É na arte que me liberto.
" Iniciei mil vezes o diálogo. Não há jeito.Tenho me fatigado tanto todos os dias vestindo, despindo e arrastando amor, infância, sóis e sombras".
( Hilda Hilst)
A arte pulsa, pula, pulula dentro. Toma cada partícula do ser. É o mais genuíno dos alentos. Soa como acalanto. O maior dos dons e o mais inegável legado. A criatura testando e sendo criador
Sabe o que é lindo? Ver as pessoas entregue à sorte dos sentimentos e das emoções pra fazer brotar uma ideia, uma mensagem. Relacionar-se e partirem em busca de um mergulho interno a fim da concretização de um conceito.
Se tu quiseres, te faço carinho, geléia e poesia.
Dizem que a felicidade não é algo deste mundo. Mas quando se sente lampejos de objeto semelhante ( assim a digo porque é nosso maior foco de busca), é mister um registro. Então, que fique registrado. Toda a gratidão pelos sentidos, por todas as experiências, pelo encanto, por estar viva simplesmente.
Tudo é tão precioso.
Do amanhã, sei não. A certeza é prima distante que não se conhece.
Permite que eu seja dos meus sonhos escultora
Escritora do destino meu
Amor à minha pintura
Atriz na certeza da paz
Fotógrafa do meu bem-querer
Artista da vida
- Vitória de pés no chão, cabelos ao vento e pensamentos no Céu -
Ela preferia os silêncios cheios às palavras vazias. Vivia com os olhos marejados, como se estivesse acabado de nascer, sempre encantada com a vida ao seu redor. Olhos de mar que refletiam o mar que uma miríade de vezes transbordou seus sentidos.
E verás tu estampado no meu sorriso uma vitória maior que a minha paixão, amor e mundo. Uma vitória genuína, que representa o viço recuperado após uma guerra desigual, sangrenta, digna e divina.
- Vitória de pés no chão, cabelos ao vento e pensamentos no Céu -