Tento pôr na cabeça a respeito da
necessidade de não escrever apenas por desabafo. Ultimamente tenho escrito
muito em função disso. Pensei em ti mais uma vez e realmente é doído saber que
você é uma faceta minha que deixarei para trás. Eu devo deixar para trás.
Preciso deixar para trás. É mais uma parte de mim que se perde nessa vida. Estou
farta de perdas e mudanças repentinas. Quando eu acho que finquei a bandeira em
um espaço, um sorriso, um abraço e em uma bronquinha eventual, tudo vira pó e reminiscências.
Tanto empecilho é porque o meu destino deve ser fabulosíssimo. Tipo o da
Amelie.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
E se for a Tal?
Sejamos protegidos da desconfiança quando Ela, a Tal, a Bambambam, a mais famosa e querida que vilã de novela das nove chegar...
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Certa Vez/ Antítese de mim mesma
Certa vez, A Vida escapuliu-me escorregadia pelas falanges
E agora ela volta autoritária
Voluntariosa, dona de mim
insiste que eu a
engula, degluta forçosamente
Ela força a minha garganta, é tão pesada e me provoca náuseas
(estrangula, mas não mata...Afinal, é a Vida!)
Mas não consigo evocar uma êmese
E isso é o pior: o ar é sempre o mesmo, o hálito não se
renova e o enjoo é constante
Diante Dela
é necessário que eu
recobre os sentidos. Sentidos
Em Todos os sentidos da palavra
pedir ao Cara que a noite escura d’alma passe
Se é que existe uma noite. Se é que existe qualquer coisa
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Antítese de mim mesma
Sigo a indagar-me a possibilidade da renovação
De uma alma tão penosa
Olhinhos sôfregos de 17, 20 outonos registrados , no entanto
âmago de 65
A moça e a velha em
uma mesma fôrma
dialogam bastante, brigam ainda mais para ver qual a que se
exibe dessa vez
Qual será a protagonista do próximo ato do Teatro
Da vida
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terça-feira, 16 de outubro de 2012
O que eu leio
" Mas não consigo tirar da cabeça o pesadelo da luz. Quando, então, cuspir no diabo para que ele pare de rondar a minha casa e vá dormir de uma vez por todas? A luz sempre ali, o tempo todo, sem descanso, o branco, a iluminação, a falta de sombra. Um sol quase eterno. Como se ninguém pudesse fazer nada escondido. O dia gigantesco, ardente, exaustivo. Como os habitantes desse lugar devem sonhar com a noite, com o descanso da escuridão. E pensei que me sentia tão indefesa quanto eles diante dessa luz que aponta sem piedade. Que acusa, que maltrata.
Puta que pariu.
Já virá a noite. Já virá."
"Não lamento ter sessenta e um anos. Quase diria o contrário: essa idade me deu quietude, uma nova quietude. O passado não importa já aconteceu. O futuro não existe.
Brindo então à única coisa que temos de verdade: o presente."
Puta que pariu.
Já virá a noite. Já virá."
"Não lamento ter sessenta e um anos. Quase diria o contrário: essa idade me deu quietude, uma nova quietude. O passado não importa já aconteceu. O futuro não existe.
Brindo então à única coisa que temos de verdade: o presente."
Marcela Serrano
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Céu de baunilha
Às vezes, tudo parece tão surreal. Depois de tanto
tempo ouvir falar do filme e de tentativas frustradas em assisti-lo, pude
contemplar Vanilla Sky. Sinto a vida,
em tempos, como o céu de baunilha tão citado pela obra, com seus momentos de
doçura de mel. Nos quais você agradece em estar viva e consegue encontrar um
propósito e uma dádiva por detrás de cada palavra, cena, lugar, pessoa. Em outros
momentos a vida é só solidão, semelhante à qual o personagem principal passou
logo após o acidente. Não adianta você se cercar de outros ou até mesmo
explanar aos quatros ventos os seus sentimentos. Porque só você sabe, dada a
sua individualidade. E só você pode encarar. Mais ninguém sente e/ou resolve
por você.
Parece-me que às vezes é necessário que você ponha
em estado de criogenia os seus ideais e propósitos, congele a esperança para
que esta dure mais e finalmente a faça ressurgir quando mais se precise. E
congele, e descongele, e congele... E assim a gente vai vivendo do inconsciente
do que um dia foi. E que só na aparência é, mas não deveria ser. Inebriado
pelos mais “baunílicos” sonhos, sempre vislumbrando um futuro suculento, em
que não será mais preciso valer-se da máscara da felicidade, da plenitude, da
satisfação. Com a vida. Pairar-se-á sobre & viver-se-á sob o firmamento de maior deleite.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Rosa plural
Eu sou a rosa que medita do Dali
Eu sou a rosa muda do Cartola
A rosa estúpida e inválida do Vinícius
O próprio Vinícius já falou
que rosa é a flor do meu signo
Eu sou a Rosa
A Maria
E eu gosto da rosa da Ana carolina
Eu sou
"sem cor sem perfume
sem rosa sem nada"
E agora, aos poucos desabrocho para uma nova realidade
Como a flor de Carlos
que brota do asfalto cinzento
fétido
imundo
E vai exalar a beleza e o perfume para o mundo
a rosa vermelha
tão intensa,cromatismo tão sofrido e que faz sofrer
Poesia Inacabada
(...)
A música pra mim é o arrepio
É a batida do coração
Não posso viver sem ela
Deixar morrer a vibração
Emoção sem igual aquela
Ressalta dos olhos o brio
A música me mantém viva
Resgata genuína minha natureza
(...)
Fica a Dica
Quando a fome apertar, da fruta desfrutar
Quando a ansiedade te pegar, um pouco ler
Quando a sede em ti bater, nada de coca beber
Quando a saudade te fisgar, pode pra mim ligar
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
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