segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Certa Vez/ Antítese de mim mesma


Certa vez, A Vida escapuliu-me escorregadia pelas falanges
E agora ela volta autoritária
Voluntariosa, dona de mim
 insiste que eu a engula, degluta forçosamente
Ela força a minha garganta, é tão pesada e me provoca náuseas (estrangula, mas não mata...Afinal, é a Vida!)
Mas não consigo evocar uma êmese
E isso é o pior: o ar é sempre o mesmo, o hálito não se renova e o enjoo é constante
Diante Dela
é  necessário que eu recobre os sentidos. Sentidos
Em Todos os sentidos da palavra
pedir ao Cara que a noite escura d’alma passe
Se é que existe uma noite. Se é que existe qualquer coisa
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Antítese de mim mesma
Sigo a indagar-me a possibilidade da renovação
De uma alma tão penosa
Olhinhos sôfregos de 17, 20 outonos registrados , no entanto âmago de 65
A moça e a velha em
uma mesma fôrma
dialogam bastante, brigam ainda mais para ver qual a que se exibe dessa vez
Qual será a protagonista do próximo ato do Teatro
Da vida





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