sábado, 6 de dezembro de 2014

Vou lhes confessar: se tinha algo ao qual eu me agarrava, eram as palavras. Infância insólita, de pouco pão e muita fé. As palavras foram herança, mas a fé? Sei não. Um cadinho de oração no fim da noite foi o suficiente para desencadear uma combustão de crença maior que uma fogueira de São João.

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Existem momentos na vida nos quais você tem certeza que nunca mais viverá igual. Uma vez um professor me disse: “só me apaixonei de verdade umas duas vezes. Eu chorava, me descabelava atrás daquela mulher”. Acho que o mesmo ocorreu comigo. Não há nada mais cósmico e exato que ocorreu nos últimos meses e a avalanche que irrompeu nos meus sentimentos e tem conseqüências até os dias atuais.
Registro aqui para a posteridade, mesmo que eu me arrependa amargamente do que escrevo.

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